Estava a remexer nuns papéis velhos e encontrei este texto, escrito por mim quando tinha 10 anos. Uma adaptação da história da CAROCHINHA.... ! E foi assim:A CAROCHINHA
Era uma vez, uma Carochinha que vivia com a mãe num casebre perto do lago. Como já deu para se perceber, a Carochinha era muito pobre.
Um dia, a mãe da Carochinha disse-lhe:
- Carochinha, vai procurar um noivo por essa floresta fora. Se for possível, que seja rico. - E essas foram as suas últimas palavras antes de falecer.
- Mãe, vou fazer o possível... - e uma lágrima caiu-lhe pela sua cara de grão de bico.
Fez as malas e pôs-se a caminho. A carochinha andou, andou, andou, andou, andou até que encontrou uma casa de palha e bateu à porta.
- Quem é? - ouviu-se uma voz lá de dentro.
- sou uma viajante e ando à procura de um lugar para pernoitar. Por favor, deixa-me entrar!
-Não me enganas! tu és o Lobo Mau e vieste aqui para me comer!!!
- Ah!! És um porquinho da história dos Três Porquinhos! Eu sou a Carochinha!
- Carochinha?! Então podes entrar!
- Obrigada!-disse a Carochinha. O porquinho ficou muito admirado pois aquela era a história dele.
No dia seguinte, a Carochinha despediu-se do Porquinho e foi-se embora. E andou, andou, andou, até que se perdeu na floresta.
-Socorro!!! Ajudem-me! - gritou a Carochinha. E, ao longe, viu uma casa. Aproximou-se e ouviu:
-... E casou-se com o João Ratão.
- Quem?!? Pergunta a Carochinha através da janela.
- Quem está aí? perguntaram-lhe de dentro.
- Sou a carochinha e ando perdida na floresta...
- Carochinha?!? Que fazes tu na minha história?
- hã? e Tu, quem és? - perguntou a Carochinha muito intrigada.
- Sou a Branca de Neve. Entra!
A Carochinha perguntou À Branca de Neve e aos anões quem se tinha casado com o João Ratão.
- Não te podemos dizer! É segredo.. responderam-lhe em coro.
-... Está bem... Posso dormir aqui? só até amanhã...
- Claro!- disse-lhe a Branca de Neve. - Ficas no sofá.
No dia seguinte, A Carochinha despediu-se de todos e foi-se embora.
Ao passear na floresta, achou uma carteira cheia de dinheiro. Como ela não era nenhuma ladra, verificou se tinha identificação para poder devolvê-la ao dono. O dono, por acaso, era o Rei daquela Floresta. Como prova de agradecimento, o Rei disse-lhe:
- como foste tão gentil, dou-te o que quiseres! Faz o teu preço!
- Bem.. se posso fazer um preço, precisava memso de 500 mil contos.
- Está bem! -disse o Rei.
E a Carochinha foi imediatamente comprar uma casa, ou melhor, um palacete, já mobilado e tudo! como lhe restava algum dinheiro, mandou fazer uma piscina olímpica e comprou um computador com ligação à Internet.
Como se sentia sozinha, pôs um anúncio na Internet, que dizia assim:
"Quem quer casar com a Carochinha?"
Logo muitas respostas apareceram, mas a Carochina não se contentava com nenhuma proposta porque eram todos muito pobres.
E passaram-se anos e anos, até que apareceu um jovem rico que respondera ao anúncio.
- Como te chamas? perguntou a Carochinha-
- Sou o João Ratão!
- João Ratão... ?!? Acho que já ouvi esse nome em qualquer lado...
- Pois já deves, já! No livro que conta a tua história!
- E o que conta a minha história?
- Conta que eu vou morrer no caldeirão no dia do nosso casamento. Por isso, antes de casar, quero já o divórcio! - e, dito isto, foi-se embora...
A Carochinha ficou tão triste que nunca mais quis saber de se casar e viveu sozinha para sempre.
FIM
E pronto, eu era assim aos 10 anos!