terça-feira, 15 de setembro de 2009

DIREITO À VIDA


Aconteceu por acaso , ou por um "acaso premeditado". Talvez não fosse a altura certa... não era, com certeza. Talvez ainda não estivesse preparada para receber esta dádiva: o dom de ajudar a dar vida! Um turbilhão de pensamentos, factos, actos, omissões...
Um conjunto de emoções fortes provocando taquicardias sinusais... Muita informação para um tão curto espaço de tempo.
-10 semanas é o tempo que leva a decidir o que é vida e o que não é.
Muito se tem discutido em volta da questão do aborto. Confesso que inicialmente a minha posição era bastante diferente da que tenho agora.
Mesmo com apenas um dia de vida uterina, o zigoto não deixa de ser um ser humano potêncial, e os seres humanos têm o direito a protecção. Apesar de ainda não possuir características de um ser humano adulto, não podemos negar que o embrião tem semelhanças com um ser humano muito jovem.
Noutros tempos, confesso, julgava que cabia à mulher fazer o que achasse melhor pois o comprometimento maior de uma gravidez seria com o seu corpo. Mas as coisas não são assim tão lineares. Por um lado, o embrião não faz parte do corpo da mulher, não é como um nariz ao qual se pretende fazer uma rinoplastia só porque existe ali alguma coisa que incomóda por qualquer motivo. Por outro lado, temos de pensar no embrião como um ser individual que se serve do corpo da mãe para sobreviver dentro do úturo. Nunca é a mãe que se serve do embrião para qualquer fim.
Temos de jogar com várias premissas.
Matar um ser humano em potencial só seria uma opção eticamente aceitável se essa morte servisse para salvar a vida da progenitora. Seria, desta forma, uma opção entre morte e morte.
Entre estas existem muitos outros argumentos contra o aborto.
Deixar um bebé nascer é um dever.
Se acham que não vão ter condições para o criar, entreguem-no aos cuidados do Estado. Mas deixem nascer os bebés! é um crime ético impedir o desenvolvimento intra-uterino de um ser humano.
A partir do momento que experimentamos a sensação de ter um filho nos braços, a opinião sobre este assunto toma contornos especiais.

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